Palestras 18° nDesign Manaus.

por Paulo Armi

O primeiro passo em um evento de grande porte é se torturar avaliando a programação (e ficar extremamente irritado com o cara da organização que teve a “brilhante” idéia de colocar duas palestras que te interessam muito, no mesmo horário).

As palestras do 18° nDesign estavam divididas em temas, que compreendiam diversas áreas do Design, abaixo há um breve resumo do conteúdo das palestras que presenciei.

Design é a sua vida? & Ilustrando com o lado certo do cérebro

Palestrantes: Daniel Moura e Renato Faccini.

Em um bate papo descontraído e divertidíssimo os Palestrantes Daniel Moura e Renato Faccini apresentaram seu ponto de vista sobre mercado, universidade, presente e futuro do Design e do designer.

É possível sim viver de Design, mas é preciso saber onde cada um de nós quer chegar, cada um tem um sonho e para torna-lo realidade, é preciso auto conhecimento, saber qual é o seu perfil, suas preferências e o nível de risco que se está disposto a correr.

Em meio a tantas decisões, importante mesmo é saber quem somos, onde vamos chegar? Isso é conseqüência.

De Designer a Ergonomista – uma trajetória profissional.

Palestrante: Robson Santos.

Robson Santos apresenta sua trajetória profissional, como encarar o mercado de trabalho e que é possível sobreviver fora dos escritórios de design, a palestra serve de estímulo à formação de pesquisadores, professores e mestres.

FIBRA Design Sustentável e HABTO Design

Palestrantes: Pedro Themoteo, Bernado Ferracioli, e Eduardo Cronemberger.

O case de duas empresas: Fibra Design Sustentável e Habto Design, que se formaram dentro da universidade através da incubadora da ESDI. A universidade proporciona infra-estrutura: oficinas de madeira, metal e prototipagem rápida, consultoria e suporte de professores.

Os jovens empresários apresentam os resultados da parceria entre universidade e alunos rumo ao desenvolvimento e conquista do mercado de Design.

Quem sua empresa pensa que é?

Palestrante: Ligia Fascioni.

O objetivo da palestra é apresentar aos participantes os principais conceitos relacionados à identidade corporativa, bem como a influência do designer e de cada colaborador da empresa na construção da imagem.

A missão da Ligia é abrir margens, incutir a cultura do design dentro das empresas, mostrar para os empresários que o profissional que domina formas, cores, psicologia, semiótica, cognição, tipografia, composição, tem base cultural, é articulado, sabe desenvolver e defender idéias, documenta as reuniões, sabe desenvolver um briefing, conceituar, prima pela qualidade e conteúdo do trabalho, atinge os objetivos propostos (diferente de tentar impor o gosto pessoal), e os cumpre prazos estabelecidos, é a pessoa apropriada a desenvolver o projeto de identidade visual de suas empresas.

O ponto alto deste tipo de evento é você ir ao encontro do palestrante no final da palestra e poder discutir o tema abertamente, encontra-lo em alguma outra atividade, na fila pra uma outra palestra ou almoço e poder conversar sobre o tema ou um assunto qualquer, num processo natural de construção e troca de conhecimento.

Dica: Participem de tantos eventos quanto puderem, questionem sempre.

Conhecendo Manaus

Por Andressa Justo

O 18º N Manaus foi meu primeiro N, e agora quero participar de muitos outros…
Além de toda experiência, e conhecimento que a gente adquire com o evento, e as pessoas que conhecemos, a gente aprende muito quando conhece um novo lugar. Foi o caso de Manaus. Poxa, atravessar o país pra conhecer um lugar tão diferente do lugar em que vivemos. Cultura, sotaques, hábitos, características, tudo muito diferente, e que acrescentam algo na nossa vida. Um povo hospitaleiro, simpático, e divertido. Um povo sem pressa, e sem apego às coisas materiais. Para nós, o transito de lá é caótico, os carros mal cuidados, cidade pichada, e apesar de estarmos no “pulmão do mundo”, não se vê muita preocupação com isso por lá… Mas isso não ofusca a beleza de Manaus. Os rios gigantes, um ar diferente, muito parecido com o ar da praia (que eles não conhecem), a selva que rodeia a cidade.

O centro, mais especificamente onde fica o famoso Teatro de Manaus, foi recentemente reformulado, pra deixar de ser um lugar perigoso e sujo (como o centro de POA), para se tornar um lugar muito agradável, como o que conhecemos. Um passeio de dia pelo centro, e conhecer o Teatro por dentro também, muito lindo e luxuoso. A noite por ali é muito boa, lembra muito nossas noites de verão. A calçada com as ondas preto e branco… [epa, Copacabana?]. Pois é, pra quem não sabe, aquela famosa calçada de Copacabana foi inspirada na calçada do centro de Manaus, que por sua vez, é inspirada no encontro das águas do Rio Negro e Solimões. Então,… Copacabana foi basicamente financiada pelo resto da fortuna dos antigos Barões da Borracha de Manaus, que resolveram homenagear a cidade… Infelizmente pouca gente sabe disso, e a calçada virou o símbolo do Rio de Janeiro.

Conhecendo mais da cidade, ah… os parques ecológicos, lindos, com coisas que só se vê por lá mesmo. Pô, uma cobra num brinquedo de criança na pracinha…É pra dar susto em qualquer um, né Ismael? Animais como peixe-boi, ariranha, os macacos nas arvores bem perto da gente, que nós tentávamos desesperadamente tirar uma foto deles, sem sucesso. E o passeio de barco, pra visitar o encontro das águas, restaurante flutuante [e que comida, hmmm.. pirarucu é bom mesmo], os igarapés, que é a floresta alagada, as enormes vitórias régia, mergulhar no rio negro, conhecer os indiozinhos que vem com os animais na mão pra que a gente pegue, e tire fotos… Tudo é muito novo pra gente… Me senti dentro de uma matéria do Globo Repórter..

De tudo isso, o que ficou foram às amizades feitas lá, a lembrança de um mundo diferente, o conhecimento de novas culturas, a experiência de tudo o que fizemos lá, a saudade dos sabores da cidade [saudades especiais do cupuaçu…], e a vontade de fazer acontecer, e trazer pro nosso universo a motivação que todos devem ter, pra participar, trabalhar, e botar a mão na luva, opa, na massa….